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Sabado, 22 de Marco de 2025

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Calor em escolas é ainda mais extremo nas cozinhas, alerta sindicato

"A situação das merendeiras é desumana, pois quando ligam o fogão, a sensação térmica é de mais de 60 graus", afirma o Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro.

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Calor em escolas é ainda mais extremo nas cozinhas, alerta sindicato
© Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Após alertas sobre recordes de calor previstos para esta semana, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) solicitou às autoridades municipais e estaduais providências para garantir a saúde de profissionais e alunos nas escolas públicas. O sindicato informou que vem alertando desde o ano passado a grave situação das escolas das redes de ensino.

O sindicato disse que tem recebido, nos últimos dias, denúncias de profissionais e membros da comunidade escolar sobre altas temperaturas registradas nas unidades. Há escolas que não contam com climatização ou os equipamentos não funcionam de forma adequada. O problema não se restringe às salas de aula: os funcionários das cozinhas escolares também reclamam que não há refrigeração adequada. 

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Segundo a coordenadora do Sepe, Beatriz Lugão, a situação é crítica, pois a temperatura varia entre 35 e 45 graus no local de trabalho e nas salas de aula. Há 200 estabelecimentos que não estão climatizados, incluindo as cozinhas. Para ela, a situação das merendeiras é desumana, pois quando ligam o fogão, a sensação térmica é de mais de 60 graus.

“Temos situações muito gritantes nas redes municipais muito gritantes, como é o caso de São Gonçalo, com uma rede municipal de 119 escolas e somente 20 são climatizadas. Os governos não foram pegos de surpresa. A onda de calor vem se estendendo ao longo do ano e não há projeto de climatização na maioria dos municípios do estado. A situação é muito mais urgente e muito mais trágica na região da Baixada Fluminense e Grande Rio onde o calor é mais intenso do que no interior do estado. É impossível ensinar, é impossível aprender, impossível trabalhar nas cozinhas com o calor que está fazendo”, disse Beatriz.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de São Gonçalo e aguarda posicionamento.

Segundo a Secretaria de Educação (Seeduc), das 1.234 escolas estaduais, 200 estão sem ar-condicionado. 

De acordo com o governo estadual, para o bem-estar dos alunos e profissionais da educação, orientações para incentivar e garantir a hidratação dos estudantes foram enviadas aos gestores, que passarão a preparar alimentos mais leves para a merenda e a evitar atividades ao ar livre ou em área externa.

Em alguns casos, as unidades escolares estão autorizadas a reduzir a carga horária presencial em até 50% ou fazer rodízio de turmas nas salas de aula mais refrigeradas. As escolas que diminuírem seus horários deverão disponibilizar o conteúdo pedagógico por meio de recursos tecnológicos. Segundo o governo, os colégios também estão amenizando o calor das salas com o reforço de mais ventiladores.

“As intervenções relacionadas à climatização são um pouco mais complexas, precisando fazer projeto estrutural, aumento de carga, muitas vezes o retrofit da rede. Temos o compromisso de em 90 dias fazer a climatização de 180 unidades”, afirmou Davi Marinho, subsecretário de gestão administrativa da Seeduc.

 

FONTE/CRÉDITOS: Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
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